Sim à intervenção, com moderação.
A ideologia capitalista neoliberal prega que a intervenção do Estado é um mal para a economia, que a administração pública deve se afastar das questões econômicas e gerir somente a ordem política e social. No entanto, é o Estado, por meio de suas instituições, que mantém o sistema econômico adotado por um país.
Desde a Constituição de Weimar, que declarou a Alemanha como uma república democrática parlamentar, todos os países determinam a ideologia econômica em sua Constituição. O Brasil historicamente segue esta linha de organização estatal.
O intervencionismo econômico do Estado é um fenômeno presente em todos os modelos econômicos, mesmo nos que se dizem liberais. Pois sempre haverá um grau mínimo de intervenção estatal, o que varia é a intensidade desta intervenção.
Um sistema de mercado sem intervenção do governo é instável.
O Estado brasileiro mantém seu controle sobre a economia com o objetivo de manter o sistema capitalista e monitorar condições que venham depor contra esse mesmo sistema de forma ou torná-lo inviável.
Henrique Meirelles em seu texto “Menos Estado, mais inclusão” enaltecer a política econômica do primeiro governo Lula, no qual ele foi o presidente do Banco Central.
Entretanto, a política idealizada por Meirelles não condiz com a realidade, muito menos com algo positivo. Como ele ressalta no próprio texto, é claro que um estado agigantado como o Brasil reduz os empregos na iniciativa privada, e tira recursos do mercado e das empresas.
Mas os grandes esquemas com as empreiteiras e os bancos se intensificaram no governo Lula, assim como o aumento do número de ministérios. Além do contínuo aumento do imposto de renda, inclusive com artifícios como não ajustar os valores da tabela de descontos, enquanto os salários subiam. As dívidas públicas também não foram quitadas, como Meirelles afirma.
Em contra mão à ideia e conceito de Meirelles, a intervenção do governo sempre será necessária,