Resenha do texto "Sociedade e poder" de Montesquieu

Montesquieu foi um pensador iluminista que deu base a política moderna, estudando a origem e a manutenção das leis a partir das diferentes relações entre os seres entre si e com as coisas do mundo. Descobriu os diversos governos que podem se originar delas e foi o primeiro que demonstrou coerentemente a repartição dos poderes para um bom governo. Não quis idealizar a sociedade perfeita, mas estudá-la através de suas estruturas, ou seja, do homem e seus direitos naturais. Estes são as leis inerentes a todos os seres, inclusive o homem, antes da existência de uma sociedade. Como o homem tende a viver em sociedade, ele cria as leis positivas que regulam e atendem as necessidades de viver socialmente.
Como Locke, ele concorda que as leis naturais se baseiam nos sentimentos e as leis positivas na razão. Baseando-se nisso, percebe que o homem, como ser limitado e sujeito ao erro, precisa de relações que o façam recordar do seu papel como ser humano e de seu lugar na sua sociedade.
As leis da natureza se originam da essência do ser humano. Por esta questão temos que analisá-las antes da união entre eles. O homem antes de buscar sua origem, busca uma forma de se conservar. Nesse estado, onde todos se sentem inferiores ou iguais ao outro, se encontra sujeito a não realizar injustiças contra outro, estabelecendo-se a paz. Esta é a primeira lei natural. A segunda seria a necessidade de encontrar alimento. A terceira lei se fundamenta na reprodução, onde os homens e as mulheres se aproximam pelas suas diferenças e pelo prazer de se aproximar de seu igual.
A esse sentimento recíproco se junta o conhecimento, que lhes dá o motivo a mais que os unirá. Essa vontade de criar sociedade é a quarta lei natural.
Após essa junção, o homem perde sua igualdade, iniciando o estado de guerra. Este pode surgir da relação entre duas sociedades ou os indivíduos desta. Para a paz ser mantida, cria-se as leis que regulam essas relações. Temos o direito das gentes, que são as leis que