Sexualidade em sala de aula
O despertar da sexualidade
Ao contrario do pensamento de muitos, a sexualidade está presente na vida do individuo desde seu nascimento, e quem sabe até antes, na barriga da mãe, quando se formam os órgãos genitais.
Freud, em seu trabalho intitulado “Três Ensaios Sobre a Teoria da Sexualidade” foi o primeiro pesquisador a ousar dizer que as crianças eram dotadas de sexualidade desde o nascimento, e que se auto-manipulavam em busca de prazer.
E a verdade é que a criança desde que nasce está desenvolvendo a sexualidade. Começa pelo desejo e prazer em se alimentar, em descobrir os pezinhos e as mãos e levar tudo à boca. Quando começa a se distinguir do outro, descobre as diferenças entre homens e mulheres, entre meninos e meninas, brincando até com os órgãos sexuais do coleguinha. Tudo naturalmente, dependendo da atitude dos pais perante estas descobertas.
Professores de séries iniciais e pré-escolares com certo tempo de profissão, com certeza poderão relatar ao menos um caso de uma criança que tivesse a mania de tocar seu órgão sexual. E isso é de certa forma normal, visto que nessa fase ocorre o descobrimento do corpo; a criança se toca descobre uma sensação gostosa, apesar de ainda não relacionar esse ato com o sexo propriamente dito.
Esta criança, ao se tocar, está apenas se descobrindo e sentindo prazer no que está fazendo, sem ter idéia ainda de libido e sexo como ocorre com os adultos.
Além disso, em diversas situações cotidianas, o educador pode observar a presença da sexualidade nas atitudes das crianças, em brincadeiras individuais ou em grupo.
As atitudes das crianças são erotizadas pelos adultos, que dão um sentindo distorcido, proibido, e por muitas vezes, sujo. Essa não é a melhor maneira de lidar com a sexualidade infantil. E como bem sabemos sexualidade não é sexo.
A reação dos professores, e ainda mais dos pais, é quase sempre de surpresa quando as crianças fazem perguntas como “De onde eu vim?” ou "Como o meu