Serviço Social,conservadorismo e Ética profissional
O serviço Social em sua trajetória é marcado por uma série de correntes filosóficas, estas que deram grandes linhas para suas diversas vertentes. Positivismos, funcionalismos e neotomismo, foram algumas dessas correntes, que influenciou de forma significativa as propostas de formação e os códigos de ética dessa profissão de 1947, 1965 e 1975. As práticas já eram realizadas ligadas a igreja, ganhando nova organização a parti de sua institucionalização, em que, em resposta as mudanças no cenário internacional a profissão foi inserida na divisão sócio-técnico do trabalho, e tendo no cenário nacional as mudanças de um processo de erosão do serviço social tradicional.
A ética profissional é marcada por grande fator histórico, sócio-cultural e de projeto social, vinculado a dimensões teóricas, técnicas, políticas e práticas com princípios de direitos e deveres, para a atuação profissional. No que diz respeito ao serviço social, as correntes conservadoras do neotomismo, funcionalismos e positivismo, foram pontos decisivos para dar linha a essa profissão. Os códigos de éticas de 1947, aprovado pela assembléia geral da Associação Brasileira de Assistentes Sociais (ABAS) e sendo aprovados pelo Conselho Federal dos Assistentes Sociais (CFAS) os códigos de 1965 e 1975.
A corrente do neotomismo se caracteriza como uma retomada “[...] a base filosófica da doutrina social da igreja Católica, a parti de fins do século XIX. Retoma as idéias centrais da filosofia de Santo Tomás de Aquino (séc. XIII), combinados a uma visão de mundo conservadora.” (AGUIAR apud BRITES e SALES, 2000, p.24) O homem buscava sua felicidade e perfeição, em um caminho entre o bem e os mal, regidos por leis (naturais, humanas e divinas). O bem comum estava inserido na realização social do homem, onde ele buscava uma maior aproximação de Deus pelos seus atos e condutas dentro da moral. Onde os agentes realizavam atividades em busca da harmonia social