Roteiro de analise institucional
Os apelos a “ética” crescem na medida em que se aprofunda a miséria e a corrupção na sociedade brasileira.
Pode se afirmar que o conhecimento critico ou a falta dele e o comprometimento político ou a sua ausência podem ampliar ou limitar a materialização da ética profissional, no âmbito de suas possibilidades históricas.
Nos últimos anos, os debates sobre o exercício profissional tem revelado o rebatimento moral da barbárie social nas instituições: diversas formas de desumanização reiteram o autoritarismo, as discriminações , a coisificação das relações humanas no enfretamento da questão social a partir da lógica neoliberal.
Diante de situações- limite e das demandas institucionais que exigem respostas profissionais imediatas e fragmentadas, desvelam – se diferentes fragilidades que contribuem para limitar a viabilização de estratégias coletivas de enfrentamento ético- político,entre elas, a frágil capacidade teórica de apreensão critica da realidade social, aprofundada nas ultimas décadas pela proliferação aleatória de cursos de Serviço Social.
Assistentes sociais entrevistados em estudos e pesquisas revelam dados significativos a cerca do CE. A pesquisa realizada por Vasconcelos (2002) com profissionais da área da saúde mostrou que muitos assistentes sociais não conhecem o atual CE, em vigor há quase duas décadas. Em sua pratica se orientam por diversos referenciais, buscados em sua visão de mundo, em valores pessoais ou pressupostos dos códigos anteriores de 1986: códigos que já foram superados exatamente por não atenderem as exigências históricas do presente. De forma variadas e por varias razões o CE não e materializado.
O CE e um instrumento educativo e orientador do comportamento ético profissional do assistente social: representa a autoconsciência ética – política categoria profissional em dado momento histórico. Assim, e mais do que um conjunto de normas, deveres e proibições: e parte da ética profissional: ação prática mediada por