Sequência didática
PENSAMENTO FÍSICO-MATEMÁTICO – DA PROBLEMATIZAÇÃO À
CONTEXTUALIZAÇÃO.
É possível promover aprendizagem, ou ainda melhor, por em prática o processo ensino-aprendizagem a partir da proposição de problemas? Os problemas disponíveis nos livros didáticos servem apenas para aplicar, sedimentar ou até aprofundar os conhecimentos já adquiridos no estudo dos conteúdos presentes nas Unidades que antecipam os problemas?
Sem dúvida, tanto os exercícios como os problemas propostos presentes em geral no final de cada unidade de ensino têm, em princípio, a função citada acima: aplicar, sedimentar ou aprofundar conhecimentos, mas a intenção aqui é de ressaltar a importância da utilização de problematização como alternativa motivadora e provocativa para dar início ao processo de aquisição consciente de conhecimento. O destaque relativo à provocação é proposital, pois trata-se de instigar o aluno para o aprender de forma não passiva, de desafiá-lo a por em teste suas concepções prévias, de despertar potencialidades e desenvolver habilidades, como da observação, análise, raciocínio e elaboração do pensamento de forma criativa e estruturada.
“Perrenoud destaca que um dos desafios do professor é justamente organizar e dirigir situações de aprendizagem. Para isso, reconhecer as representações dos alunos, os obstáculos à aprendizagem, a elaboração de sequencias didáticas e o conhecimento dos conteúdos a ser ensinados são atribuições fundamentais. Para o autor, as situações de aprendizagem deverão ser significativas, problematizadoras e contextualizadas.”1 A sequencia didática proposta tem por princípio o exercício para o desenvolvimento de habilidades para promover a identificação dos elementos essenciais que compõem a estruturação matemática que por sua vez irá permitir a construção do pensamento físico. Com base nesta estruturação constroem-se gradativamente os significados dos elementos que