REVISÃO DE BIBLIOGRAFICA As alterações posturais relacionadas às posturas inadequadas são distúrbios anátomo-fisiológicos, que se manifestam geralmente na fase de adolescência e pré-adolescência, pois é o período em que há o estirão de crescimento (KAVALCO, 2000). Segundo Braccialli (1997), o período escolar é apontado com fase percursora de diversos problemas degenerativos da coluna vertebral dos indivíduos na fase adulta. Segundo a autora citada, a alta incidência desses distúrbios é decorrente da manutenção de posturas inadequadas no espaço escolar e ainda, o principal fator etiológico de processos dolorosos restritivos quanto a capacidade funcional do educando. A postura da criança e do adolescente pode ser afetada por vários fatores intrínsecos e extrínsecos, como hereditariedade, ambiente e condições físicas nas quais o indivíduo vive, bem como por fatores emocionais, socioeconômicos e por alterações consequentes do crescimento e desenvolvimento humano (PENHA et al, 2005). Segundo as Leis de Diretrizes e Bases da Educação- LDB (NISKIER, 1997), toda criança deverá completar o ensino fundamental. Dessa forma, todo aluno terá de utilizar a postura sentada por, no mínimo, oito anos, cerca de quatro a cinco horas por dia, e de maneira muitas vezes inadequada, o que já representa um fator de risco para sua saúde, pois, segundo a literatura, é altamente desaconselhável permanecer sentado por mais de 45 a 50 minutos sem interrupções (PAULSEN & HENSEN, 1994). Além disso, há a suspeita de que sua reduzida atividade física, somada a configurações posturais nem sempre adequadas, tanto em casa como na escola, poderiam provocar um desequilíbrio na sua musculatura, provocando posições anormais de estruturas anatômicas que ainda estão em fase de desenvolvimento. Zukiennik (2000), ao avaliar transtornos emocionais de crianças e adolescentes, cita que os fatores relacionados à saúde podem prejudicar o ensino e