Senhora
José Martiniano de Alencar (1829-1877) nasceu em Macejana, no Ceará. Foi para o Rio de Janeiro em 1830. Cursou Direito em São Paulo e Olinda. Formado em 1851, dedicou-se à advocacia no Rio. Nesta época colaborou no Correio Mercantil. Em 1856, já no Diário do Rio de Janeiro, critica o poema de D. J. Gonçalves de Magalhães, Confederação dos Tamoios. Nesse jornal publica, em folhetins, seu romance Cinco Minutos. Em 1857 publica O Guarani (em livro) com grande sucesso. Estréia no teatro com a peça Demônio Familiar - comédia. Depois vem outra comédia: Verso e Reverso. Com Asas de Um Anjo (peça) é censurado. Em 1860 parte para o Ceará e regressa deputado conservador. Em 1868 é Ministro da Justiça, demitindo-se em 1870. Mantém-se em intensa atividade política até 1873 quando é retirado da atividade. Viaja para a Europa em 1876 e falece no fim do ano seguinte, no Rio de Janeiro, ao regressar para o Brasil.
Obra:
(1856) - Cinco Minutos (romance)
(1857) O Guarani (romance)
(1858) Demônio Familiar (peça teatral - comédia)
(1874) Ao Correr da Pena (livro póstumo contendo seus folhetins)
Considerações Gerais: Senhora é um romance de costumes que retrata a sociedade fluminense do Segundo Reinado. A ascensão da burguesia transparece na obra através da prosperidade das classes liberais; sobretudo através do evento da urbanização, da evasão dos campos para as metrópoles, da burocratização gerada pela política, que faz do emprego um apêndice partidário, subvertendo a antiga estrutura brasileira hierárquica, pacata. Mas trata também de revelar-nos o "modus vivendi" da aristocracia, que se perpetuou enquanto esta se manteve. Alencar fez uma crítica a essa sociedade e ao casamento como forma de ascensão social.
Resumo:
Senhora é um romance passado na primeira metade do século XIX e que expõe ao leitor, como pano de fundo, valores e costumes da aristocracia escravista do Segundo Reinado. O romance conta-nos a vida de uma bela moça desiludida e rancorosa ,