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Monarquia

Reino de Roma ou monarquia romana é a expressão utilizada por convenção para definir o Estado monárquico romano desde a sua origem (21 de abril de 753 a.C.) até a queda da realeza em 509 a.C. A documentação desse período é precária, e até mesmo os nomes dos reis são desconhecidos, citando-se apenas os reis lendários, apresentados nas obras de Virgílio (Eneida) e Tito Lívio (Ab Urbe condita libri).
As origens da monarquia são imprecisas, se bem parece claro que foi a primeira forma de governo da cidade, um dado que parece confirmar a arqueologia e a linguística. Durante esse período o rei (rex sacrorum) acumulava as funções executiva, judicial e religiosa, embora seus poderes fossem limitados na área legislativa, já que o senado, ou Conselho de Anciãos, tinha o direito de veto e sanção das leis apresentadas pelo rei. A ratificação dessas leis era feita pela assembleia ou cúria, composta de todos os cidadãos em idade militar (até 45 anos). Na fase final da realeza, a partir do fim do século VII a.C., Roma conheceu um período de domínio etrusco.
Os etruscos influenciaram os romanos tanto no plano cultura com a disseminação do uso de túnicas, algumas práticas religiosas como a interpretação da vontade dos deuses por meio de vísceras de animais e o culto de Júpiter e Minerva, como no plano material com a ampliação do comércio, criação de canais de drenagem para secar pântanos locais, além de terem tornado a área do fórum o centro sócio-econômico de Roma.
Segundo a tradição lendária estabeleceu-se que Roma foi governada por sete reis durante seu período monárquico. Os antigos atribuem a cada soberano uma inovação para a formação das instituições romanas: Rômulo (753-717 a.C.) fundou a cidade e raptou as sabinas; Numa Pompílio (715-673 a.C.) criou as instituições religiosas, os sacerdotes e os ritos; Túlio Hostílio (673-642 a.C.) destruiu Alba Longa; Anco Márcio (640-616 a.C.) fundou a colônia de Óstia; Tarquínio