Segundo Roudinesco
Ela nos traz uma situação polêmica e complexa: A questão dos homossexuais poderem ou não constituir uma família.
Para que se possa entender melhor as mutações que a Família vem sofrendo, é importante que se perceba que ela também é um sistema que precisa acompanhar as mudanças socioeconômicas que acontecem no nosso mundo. Assim como o capitalismo, os meios de trabalho e as relações afetivas. Todos se adaptam ao meio para sobreviver, assim como já dizia Darwin.
Desde a Antiguidade Clássica até os Tempos atuais, a família vem mudando e por isso é muito difícil estabelecer um tipo de “família padrão”. Tudo pode influenciá-la, como: a cultura local, o sistema econômico, as experiências intra(dentro) e/ou inter(entre)familiares, dentre outros. Exemplo simples disso, como bem retratou a novela Caminho das Índias da Globo, o casamento arranjado entre famílias, até mesmo com crianças de apenas 8 anos de idade. Esse fato não é comum no Brasil. Ou seja, a cultura local pode influenciar na estrutura familiar. Há vários exemplos de fatos que são ditos “normais” em alguns países e que no Brasil, são julgados de outra forma.
Onde realmente quero chegar é no preconceito que os homossexuais sofrem na tentativa de se constituir suas próprias famílias. Vale lembrar que segundo Roudinesco (1994), para se manter a estrutura familiar é necessário o PAPEL de mãe, pai, filho e não da FIGURA de mulher, homem e criança. Filhos de homossexuais podem sim desenvolver uma homossexualidade -fato esse, que tenta justificar o preconceito-, mas não pela influência de seus pais. Assim como filhos de casais heterossexuais podem vir a ser homossexuais.
O que se tem de pensar, é que assim como disse o Prof. Dr. Claude