Saúde ou doença mental: a questão da normalidade
1.1 O SOFRIMENTO PSÍQUICO
O sofrimento psíquico segue se constituindo como uma experiência presente e inquietante, em pode aparecer nas diversas circunstâncias da vida, seja um sofrimento ligado a uma perda, uma dor moral, ou a uma dor física. Mesmo que esse sofrimento seja intenso, as pessoas procuram se restabelecer em busca de superá-los, com ajuda de sua família, amigos ou até mesmo com ajuda psicoterápica.
1.2 A DIVERSIDADE DE TEORIAS SOBRE A LOUCURA: POUCAS CERTEZAS
Há vários sintomas em que podemos identificar um indivíduo com transtornos mentais, situações tais como alucinações, em que o indivíduo cria um mundo imaginário, com medo e incertezas, fugindo assim da sua realidade.
1.2.1 UM BREVE OLHAR SOBRE A HISTÓRIA DA LOUCURA
A história da loucura é marcada por momentos em que as pessoas que não se enquadravam as leis da época, viviam errantes pelas ruas, excluídos do meio social.
Na passagem da Idade Média para o Renascimento, os loucos recebiam os mesmos tratamentos que os doentes, ou seja, não havia uma preocupação para com eles.
A partir do século XVII, deu-se início a uma busca pelo entendimento sobre a loucura. Ainda não havia critérios médicos, mas sim uma preocupação vista pela família, igrejas e pela justiça, quanto à transgressão da lei e da moralidade. Esse período foi marcado pela criação do Hospital Geral, em Paris. Local em que prostitutas, feiticeiros, sodomitas eram levados juntamente com os loucos para esse espaço, com o intuito de excluí-los do convívio social. A loucura não era vista como uma doença mental que precisava de tratamento.
Da metade do século XVIII ao início do século XIX, filósofos e médicos concentraram-se na idéia de que a loucura estava no interior do homem. Com a criação da primeira instituição, surge a medicalização, acreditando-se agora na capacidade de recuperação do mesmo, abrindo caminho para a psiquiatria.
1.2.2 A PSIQUIATRIA CLÁSSICA