Resenha do capítulo 23 (“saúde ou doença mental: a questão da normalidade”), do livro “psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia” (editora saraiva, 13ª edição, 1995).
O capítulo começa expondo um conceito geral de sofrimento psíquico, que é caracterizado por não ser uma doença, mas gerar sofrimento intenso. Para uma pessoa conseguir superar isto, antes de tudo precisa de apoio social (dos seus grupos de pertencimento – família, amigos, no trabalho, etc.). Ajuda psicoterápica também é bem-vinda, no sentido de ajudar o paciente a compreender os processos que estão causando o sofrimento, o que obviamente facilita o combate contra o problema. O critério de adaptação ou desadaptação social não prediz o sofrimento psíquico, que está mais relacionado à estrutura psicológica do indivíduo, o que questiona a utilização exclusiva de critérios de adequação social em avaliações psicológicas. Em seguida, uma breve introdução sobre a Psiquiatria clássica, ciência que considera os sintomas como sinal de distúrbio orgânico (doença mental é igual à doença cerebral). Basicamente, a psiquiatria afirma que os sintomas são causados por um distúrbio ou anomalia de alguma área cerebral crítica. Assim, doenças mentais são tratadas com medicamentos, eletrochoques, choques insulínicos ou até mesmo internamento psiquiátrico (para uma administração controlada a intensiva de medicamentos). Em contraste vem a abordagem psicológica, que encara os sintomas da doença mental como um distúrbio de personalidade. A psicose é entendida como um distúrbio de personalidade total, enquanto a neurose afeta alguns aspectos da personalidade (permanecendo íntegra, por exemplo, a capacidade de pensamento). Finalmente, chega-se ao tópico do conceito de normalidade. Tanto a abordagem psiquiátrica quanto a psicológica incluem em seus conceitos padrões de normalidade. Mas o que é normal? Médias estatísticas do que é esperado de um