Sartre

Jean-Paul Sartre (1905-1980)

"O importante não é o que fazemos de nós, mas o que nós fazemos daquilo que fazem de nós." JEAN PAUL SARTRE (1905-1980) O filósofo, escritor e crítico Jean-Paul Sartre nasceu em Paris, no ano de 1905, e faleceu em 1980. Ingressou no curso de filosofia da Escola Normal Superior em 1924 e, ao estourar a Segunda Guerra Mundial, foi convocado para servir como meteorologista. Sartre chegou a ser prisioneiro de um campo de concentração na Alemanha, mas conseguiu escapar e passou a participar da Resistência francesa, elaborando panfletos clandestinos contra a ocupação nazista no país. Em 1929, Sartre começou um relacionamento com Simone de Beauvoir, pioneira feminista. Embora um jurasse fidelidade ao outro, tinham um relacionamento aberto sujeito a traições. Após a morte do filósofo, Simone afirmou: “Sua morte nos separa, minha morte não nos reunirá”.
Inspirado no pensamento de Kierkeggard, Heidegeer e Jaspers, o filósofo francês foi um dos representantes do existencialismo; a corrente filosófica que pressupõe que a vida seja uma jornada de aquisição gradual de conhecimento sobre a existência do ser, isto é; a existência do homem precede a sua essência, uma vez que nada o define antes dele existir.
Sartre procurou dissociar o discurso ideológico a fim de desenvolver uma “ontologia fenomenológica”, na qual descreveu a relação entre o Ser e o Nada. O Nada na fenomenologia consiste na situação de incompletude humana e, é a fuga desse vazio que impulsiona a consciência humana a projetar atitudes que levem o indivíduo para um constante movimento transcendente. A consciência reage intencionalmente em busca de ser o que ainda não é, tornando-se um ser completo e satisfeito em si. Desse modo, o Nada é o primeiro passo da identificação do homem que o direciona a fazer-se ao invés de ser.
Na concepção ateísta de Sartre, o homem primeiro surge no mundo despido de tudo, para depois se definir. Assim, não há “natureza humana”, visto que