Os Jogos Matemáticos e a construção do conhecimento
Ana Nery Nascimento Silva1, Nadine Rodrigues da Silva2
Introdução
Numa perspectiva mais atual, para ensinar matemática o professor precisa estimular o raciocino lógico, o pensamento, a criatividade e a capacidade de cada aluno para a resolução de problemas, buscando transpor as barreiras existentes na construção do conhecimento matemático e no temor pela matemática que os alunos possuem.
Micotti [1], afirma que “as aulas expositivas e os chamados livros didáticos pretendem focalizar o saber, mas, geralmente, ficam sem sentido para os alunos [...]”, com isso surgem grandes dificuldades no ensino e/ou na aprendizagem dos conteúdos Matemáticos. À medida que essas dificuldades aumentam, manifesta-se no professor a necessidade de propostas pedagógicas e/ou recursos didáticos que auxiliem os professores tanto em sua prática docente, quanto os alunos na construção de conhecimentos matemáticos.
Assim, percebe-se que o ensino da Matemática realizado de maneira impessoal tem se mostrado ineficaz, já que, a simples reprodução de exercícios não significa a efetiva aprendizagem. Portanto, se fazem necessárias reflexões que permitam a dinamização do ato de ensinar e aprender matemática.
Neste contexto, apresentam-se os jogos matemáticos, que figuram no ambiente escolar como recurso didático capaz de promover um ensino-aprendizagem mais dinâmico, possibilitando a análise, a reflexão, a comparação, a concentração, o raciocínio lógico e o estímulo à autoconfiança.
Diante disso, Agranionih e Smaniotto [2] (2002, p. 16) definem o jogo matemático como: [...] uma atividade lúdica e educativa, intencionalmente planejada, com objetivos claros, sujeita a regras construídas coletivamente, que oportuniza a interação com os conhecimentos e os conceitos matemáticos, social e culturalmente produzidos, o estabelecimento de relações lógicas e numéricas e a habilidade de construir estratégias para a resolução de problemas.