Sartre
A sua existência em tais condições, para Sartre, equivale a uma não-existência efetiva, que tem implicações drásticas. Primeiro, porque não há Deus, não há nenhum criador do Homem e nem tal coisa como um conceção divina do homem de acordo com a qual o homem foi criado. Segundo, diz ele: ”Se Deus não existe, então tudo é permitido.”
Para alem disso, Sartre diz-nos ainda: “Não há um sentido ou propósito último inerente à vida humana; a vida é absurda”, mostrando-nos que a partir do seu ponto de vista, o ser humano foi deixado no universo sem nenhuma razão real para “ser”, como o reafirma nesta frase: “Simplesmente descobrimos que existimos e temos então de decidir o que fazer de nós mesmos.”.
Resta como o único valor para o existencialismo ateu a liberdade. Afirma que não pode haver uma justificativa objetiva para qualquer outro valor.
Porque não há nenhum Deus, não há nenhum padrão objetivo dos valores. Com o desaparecimento dele desaparece também toda possibilidade de encontrar valores. Não pode então haver qualquer bem á priori porque se nós não sabemos se Deus existe, então nós não sabemos se há alguma razão final para que as coisas aconteçam da maneira que acontecem; não há nenhuma razão final para que qualquer evento tenha sucedido ou porque as coisas são da maneira que elas são e não de alguma outra maneira e nós não sabemos se aqueles valores que acreditamos que estão baseados em Deus têm realmente validade