Sarmiento
Após sua independência, a Argentina tinha dois movimentos políticos com projetos e interesses diferentes, sendo que um foi organizado em torno do partido Unitário e defendia o Estado Liberal e centralizado, do qual Sarmiento faria parte; e o outro campo defendia o Estado conservador e descentralizado, que desejava a autonomia das províncias e passou a ser conhecido por federalistas.
A partir deste choque ideológico, ocorreram vários combates civis ao longo dos anos, onde federalistas apoiados pelos gaúchos e trabalhadores rurais, e os unitários se debatiam em torno da busca pelo poder, fato que contribuiu para o atraso da unificação do Estado Nacional Argentino. E dentro desse embate surgiam os caudilhos, que eram chefes locais que tinham carisma, autoritarismo e atuavam na política da América Latina independente. Homens que tentavam apropriar-se do poder provincial e governar, dentre os quais podemos citar Facundo Quiroga e Juan M. Rosas. Facundo e Rosas, apesar de federalistas possuíam opiniões divergentes, como no que diz respeito a maneira de se organizar do Estado. Enquanto o primeiro julgava necessária a criação do Estado que fosse guiado pela constituição dentro do federalismo, o segundo achava que era necessário que cada província procurasse a estabilização através da organização e somente após se tornar Federação.
No período dos anos de 1829 a 1852, as províncias tornaram-se mais dependentes de Buenos Aires devido ao monopólio exercido através de ações de Rosas no poder. Durante seu período no poder, contribuiu com o desenvolvimento econômico argentino, e também ficou conhecido pela utilização da violência como forma de reprimir os adversários