A Forma Ao Dos Estados Nacionais Na Argentina
Wanda Cristina Rocha Wenceslau*
Resumo
A constituição da identidade nacional, ou da nacionalidade, dos países é tema de profundos estudos, por parte de vários autores. Este artigo pretende apresentar as considerações de dois autores a esse respeito, contrapondo-as ao caso da formação do Estado Nacional argentino, buscando demonstrar que, se para Anderson a nação é uma comunidade imaginada, ou seja, existe na mente das pessoas, independente de habitarem um mesmo espaço físico, para Wasserman, foi justamente a falta de um elemento aglutinador que dificultou a formação dos Estados nacionais latino-americanos e a constituição desses países enquanto nações. Palavras-chave: Identidade; Nacionalidade; Nação; Comunidade imaginada; Estado nacional.
As pessoas resistem ao processo de individualização e atomização, tendendo a agrupar-se em organizações comunitárias que, ao longo do tempo, geram um sentimento de pertença e, em última análise, em muitos casos, uma identidade cultural, comunal. (CASTELLS, 2001, p. 79).
Uma discussão sobre identidade e nacionalidade no âmbito da formação de um
Estado Nacional deve ser precedida, antes de tudo, de uma compreensão clara dos conceitos de Estado e Nação. Há uma série de definições para o Estado, iniciando por
Santo Agostinho, que busca a origem do Estado no pecado original, ao afirmar que os homens devem viver sob uma autoridade capaz de controlar a tendência humana natural de se maltratar mutuamente. Há, também, Carl Schmitt, teórico do nazismo alemão, que definiu o Estado como unidade que engloba todos os contrários. Para Durkeim,
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Mestre em Administração pela Faculdades Pedro Leopoldo (FPL). Professora da Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas).
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Wanda Cristina Rocha Wenceslau_______________________________________________________
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