sarmiento
SARMIENTO: A CIVILIZAÇÃO E A BARBÁRIE NA IDENTIDADE
ARGENTINA
Maria Roberta Soares do Nascimento
Ruben Maciel Franklin
RESUMO
O presente trabalho pretende analisar a obra “Facundo, Civilização e Barbárie”,
1
do
escritor Domingo Faustino Sarmiento (1810-1888). Um ensaio histórico escrito em
1845 sob a forma de folhetim, quando o autor estava exilado no Chile devido suas posições políticas liberais. A obra buscava caracterizar a República Argentina no intuito de produzir uma identidade nacional e criticar a corrupção e o autoritarismo da política oligárquica em que o país estava mergulhado.
Palavras-chave: Facundo, identidade argentina, tipos populares.
INTRODUÇÃO
O livro é constituído de três partes. A primeira parte pretende estudar o território argentino, de forma a abranger os tipos populares, a cultura e a história da pátria. A segunda parte se volta à biografia do personagem central do livro, o “bárbaro” nascido na província de La Rioja: Facundo Quiroga, que Sarmiento trata por identificar como a barbárie provinda do campo argentino, e na terceira parte aparece o programa político liberal com que se identifica Sarmiento e alguns companheiros da Geração de 37, entre eles Esteban Echeverría e Juan B. Alberdi 2.
Ao se debruçar sobre a dualidade Civilização e Barbárie, identificando a polaridade que demarcava tanto a geografia como a composição social da Argentina pós-independência, Sarmiento denota um dos seus objetivos específicos ao escrever
Facundo, ou seja, explicar o problema da realidade nacional de acordo com princípios históricos, geográficos e sociais, utilizando o estudo da vida de Facundo Quiroga, no intuito de compreender o governo autoritário de Juan Manuel de Rosas (1835 – 1852).
CONTEXTO HISTÓRICO
Para obtermos uma melhor compreensão sobre as intenções de Sarmiento e suas posições é necessário nos atermos ao período histórico em que ele escreveu e a situação
da