O público jovem enfrenta as maiores dificuldades em relação à inserção produtiva no mercado de trabalho. Essa é uma faixa muito vulnerável à situação de desemprego, sendo objeto de políticas específicas em muitos países. No Brasil, esse quadro é agravado pela baixa escolaridade e pela baixa qualidade da educação adquirida por grande parte dos jovens, uma lacuna que se torna mais grave em face das mudanças no paradigma produtivo e da maior importância conferida à escolaridade. O Brasil vem contemplando recentemente a necessidade de políticas especiais para o público jovem, tendo sido inclusive criada uma Secretaria da Juventude. Dentro das várias áreas contempladas, a área de trabalho e emprego tem importância essencial dentro do objetivo de promover a melhor inserção do jovem e fortalecer as condições de ascensão social. Para esse objetivo, políticas direcionadas particularmente para os jovens ganharam importância a partir de 2003, sendo reforçadas nos anos seguintes. Os jovens de família mais pobres ingressam muito cedo no mercado de trabalho, impulsionados pela necessidade de obter renda e/ou pela má qualidade da educação oferecida, incapaz de convencê-los que possa no futuro trazer algum benefício. Obtêm, então, um posto de trabalho precário e com reduzidas chances de ascensão profissional, consolidando um tipo de inserção que tende a se preservar ao longo do ciclo profissional. Muitos indivíduos percebem as dificuldades e procuram oportunidades de obter qualificações que aumentem as chances de ascensão profissional. No entanto, muitos estão inseridos em longas jornadas de trabalho, tornando difícil o regresso à escola ou o engajamento em programas de formação. O salário mínimo é um malefício à sociedade, pois exclui do mercado de trabalho os menos experientes e menos qualificados, normalmente são os mais jovens e mais pobres que se encaixam nesse perfil e obrigados a partir para a informalidade. As empresas que pagam salário mínimo a