Saber de experiencia
O autor inicia seu texto apresentando um pensar sobre a educação que se baseia na relação entre a ciência e a técnica ou entre a teoria e a prática, e propõe em seu trabalho o pensar a educação a partir do par experiência/sentido. Num primeiro momento, o autor sugere significados para essas duas palavras. Em seguida, ele afirma que muitas coisas têm se passado, no entanto, cada vez mais a experiência se torna mais rara. Primeiro, devido ao excesso de informação, que não permite o vivenciar da experiência. De acordo com BONDIA (2002), é necessário separar informação de experiência, pois a informação nos permite apenas saber coisas tornando impossível o saber de experiência. Segundo, torna-se cada vez mais rara pelo excesso de opinião. Somos informados e, portanto, devemos ter uma opinião formada sobre tudo, caso contrário, nos faltaria algo. Essa obsessão pela opinião, afirma o autor, anula nossas possibilidades de experiências, já que faz com que nada aconteça. O autor acrescenta, concordando com Benjamim, que o periodismo, ou jornalismo, “é o grande dispositivo moderno para a destruição generalizada da experiência” por se tratar de uma aliança entre informação e opinião. Opinar ainda, é colocar-se a favor ou contra algo, afastando cada vez mais os sujeitos da oportunidade da experiência, já que devem ter opinião e se posicionar, antes mesmo de saber pela experiência. Usam a informação para fundamentar nossas posições. Terceiro, a experiência é cada vez mais rara por falta de tempo. Tudo é urgente, somos imediatistas. Não nos permitimos à experiência pois estamos habituados a novos estímulos constantes,que nos mantêm excitados e ativos. Não nos permitimos a passividade, ao silêncio e a contemplação. Quarto, o excesso de trabalho também torna a experiência