Resenha do texto: Notas sobre a experiência e o saber de Experiência
BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a Experiência e o saber da Experiência. Revista Brasileira de Educação, 2002.
Para concorrer a uma vaga de emprego apresentamos nosso currículo, e sempre nos preocupamos com área de experiência que se tem, pois é o que geralmente conta muitos pontos. Quanto mais melhor, três, quatro ou cinco anos de experiência para o mercado de trabalho atual é o mesmo que ter pontos à frente de qualquer pessoa para concorrer qualquer vaga. Mas até que ponto podemos dizer que essas experiências de fato podem ser consideradas “experiências” em nossa vida?
Tudo que somos, pensamos ou fazemos são palavras, elas que constituem toda sociedade e elas que nos definem. Nesse texto, a experiência é a palavra que mais desencadeou pensamentos. Esta que começa a nos perturbar após a formação acadêmica, nos direcionando para o mercado de trabalho. Deixamos de considerar que tudo que vivemos pode ser experiência, só que a forma com que passamos por, invalidam isso. Ficou claro que experiência é algo que passa por nós, que faz parte, que devemos viver para ser válido e sempre deixamos isso de lado pelos excessos da vida. A informação, a carreira, e os eventos do dia-a-dia acabam nos preenchendo de forma vazia, pois formamos nossa opinião, desenvolvemos projetos, mas nem ao menos vivemos aquilo ou até saímos do lugar.
Considerando a experiência, devemos considerar o homem que é o instrumento plausível de acontecerem os trâmites da pura experiência. O homem que vive “ligado”, não é experiente... a vida vai passando, os eventos acontecendo, e o máximo que ele consegue é acrescentar seu conhecimento. Nem sempre saber é ser. De forma intima, a ligação entre a experiência e seu sujeito receptor é clara. Este sujeito deve ser como o ponto de chegada, e ter grande sensibilidade com tudo que fará parte da composição dessa real experiência, se abrindo para que as coisas