Notas sobre as experiências e o saber de experiência", de jorge larrosa bondía.
“Notas sobre as experiências e o saber de experiência", de Jorge Larrosa Bondía.
A velocidade da informação destrói a experiência; as pessoas não têm tempo a perder para aprender. “O sujeito moderno não só está informado e opina, mas também é um consumidor voraz e insaciável de notícias, de novidades, um curioso impenitente, eternamente excitado e já se tornou incapaz de silêncio” (BONDÍA, 2002, p. 20). Busca-se obter demasiada informação e não se faz uma pausa para pensar no acumulado de palavras que processamos, ou ainda, deveríamos processar a cada dia. O autor proporciona exatamente isso, a reflexão sobre vários termos impostos pela sociedade, que muitas vezes aceitamos sem questioná-los, sem sentir o verdadeiro sentido dos mesmos. Pois, sabemos tudo o que acontece sem precisar passar por aquilo, sem viver ou presenciar os momentos. A opinião é posterior à informação, quem muito opina pouco dispõe de tempo para viver e adquirir experiência, por puro comodismo e ao mesmo tempo por conta da rapidez e necessidade de atualizarem dados e informações. Entretanto, experiência e o saber da experiência é o inverso disso tudo, ela esta presente na pausa que não fazemos, na atenção que não damos as coisas simples do dia- a – dia, sendo o sujeito da experiência a pessoa que é passível de sentir, se abrir a uma nova perspectiva, se expor a riscos, sendo incapaz de experiência aquele que nada o afeta, nada o ameaça, a que nada ocorre, é o que defende Bondía (2002, p. 25). Fazendo uma breve analise sobre a vida moderna nos deparamos com a necessidade de possuir bens materiais, logo, trabalhar para realizar estes ideais, por isso somos escravizados pela tecnologia e movidos a ciência. É a experiência está muitas vezes embutida na rotina, adormecida naquilo que não somos, não temos, não sabemos e não provamos; é não temer ao novo, é ter paixão pelo desconhecido e se deixar viver algo irrepetível.