Rousseau - do contrato social
Para Rousseau, a ordem social é um direito e tem como objetivo o bem estar e a justiça da sociedade, que restituiria e asseguraria a liberdade e igualdade, princípios que eram garantidos pelo estado da natureza e que foram violados com a formação da sociedade civil e a instituição da propriedade. Este direito se baseia em convenções entre os homens. As convenções são base de toda autoridade legítima entre os homens.
1 – Explique por que a ordem social não poderia se dar por intermédio da força.
Para um homem ser forte o suficiente para ser um senhor, ele precisaria transformar a força dele em direito e a obediência das pessoas à essa força num dever. Mas a força é um ato físico e seus efeitos não se relacionam à moral, ou seja, a força pode se impor, mas não obrigar. As pessoas cederiam à força não por vontade, mas por necessidade, ou até por prudência. Dessa forma, obedecer à força não seria um dever, e o direito pereceria quando a força cessasse, pois cessando a força a obediência também cessaria. Sendo assim, a força não faz o direito. O direito é um conceito moral, fundado na razão, e a força seria só um fato.
2 – Explique por que a ordem social não poderia se dar pela possibilidade de subjugação de um povo através da escravidão, tanto pela origem da alienação quanto pela origem da guerra.
- Pretenso direito de escravidão pela alienação
Uma pessoa pode alienar-se, ou seja, vender-se e se tornar escravo de um rei em troca de subsistência, mas uma população inteira não pode se tornar escrava de um rei em troca de subsistência porque o rei não fornece aos súditos subsistência, pelo contrario, tira dessas pessoas a subsistência dele. O que quer dizer que além das pessoas perderem sua liberdade, perderiam também seus bens. Rousseau diz também que as pessoas não poderiam se tornar escravas pela possibilidade do rei assegurar-lhes tranquilidade social, porque as guerras e conflitos que a ambição do rei