Ronald dworking - ação afirmativa

Ronald Dworkin
Ação afirmativa: funciona?
Ação afirmativa: é justa?
Ação afirmativa é um nome genérico para uma discriminação positiva que dá a um desigual a vantagem para concorrer normal e igualmente com quem já possui essa vantagem natural. A ferramenta da implementação desta é, principalmente, a cota. Existem cotas para a mulher na política, cotas para deficientes nas empresas e no trabalho público, cotas sociais e raciais nas universidades. As cotas, no Brasil, são independentes, ou seja, cada local estabelece sua política para este assunto.
Foi feita uma pesquisa com estatísticas de 30 anos de ação afirmativa nas universidades dos Estados Unidos chamada “The Shape of the River” por dois renomados profissionais: um que esta no cargo de reitor de Princeton e outro que é ex-reitor de Harvard. Queriam descobrir o que esse projeto de fato acarreta não só nas universidades como em todo o âmbito de relações raciais.
Tanto no Brasil (país em que temos conhecimento) quanto nos EUA (país original da pesquisa), a mídia conservadora critica as cotas. Os programas de ação afirmativa são duramente repreendidos com argumentos vagos que expõe, principal e erroneamente, o fato de que isto ampliaria o preconceito. Muitas das críticas políticas e jurídicas se baseiam ainda na falácia de que os padrões educacionais sofreram quedas. A base para essas teses de refutação são, em grande parte, superficiais.
The Shape of the River apresenta teses que refutam justamente esses conceitos pré-estabelecidos. Com uma análise significativa que ampliou o padrão de argumentação e discussão deste tema. Tal estudo mostrou: como os negros aceitos não eram desqualificados; que a ação afirmativa não era a principal causa para os desistentes nas faculdades; e como os beneficiários deste projeto estavam qualificados para ganhar com a formação recebida.
Tais ações devem acontecer numa sociedade de cooperação. Pessoas diferentes, com condições diferentes são tratadas com igualdade perante o