Rompendo com a Ruptura: O Governo Lula
Com o decorrer dos anos o PT passou por um processo de moderação e adequação, pois o partido se aproximava cada vez mais do centro político do Brasil, e começava a abandonar algumas de suas crenças em relação ao que deveria ser feito no país. O PT começou a se preocupar mais com a economia do país, que naquela época de eleições não ia bem, tendo como um assunto de suma importância, a dívida externa brasileira com o FMI, que deixava o Brasil preso em suas dívidas. O candidato a presidência Lula, dizia em meados de 2002, que o Brasil precisava ter de volta o controle sobre a sua política monetária e fiscal, que naquela época estava a serviço da geração de superávits primários para pagar os credores, fato que impedia investimentos na economia, ação que era fundamental para o crescimento econômico do país. Lula tinha como planos econômicos tornar prioritário o pagamento de salários à população, e deixar um pouco de lado o pagamento de juros da dívida externa. Em 2001 foi divulgado pelo partido um plano econômico que tinha como objetivo as eleições de 2012. Esse plano visava à renegociação da dívida externa, e a limitação, na forma de percentual-teto da receitas, da disponibilidade de recursos destinados ao pagamento de juros da dívida pública, fazendo com que o Brasil fizesse uma ruptura necessária para a economia. Além desses objetivos, no mesmo programa foi adicionado o projeto “Fome Zero” , um programa social que queria conceder aos brasileiros uma série de vantagens, como adotar um piso para o salário mínimo; dar benefícios previdenciários e assistencialistas, aumentando assim, os gastos do PIB em quase 6% para cobrir as despesas.
Com a disputa eleitoral em vigência, Antônio Palocci foi escolhido como coordenador do programa de governo, e com ele trouxe uma visão diferente do partido para os economistas, e as pessoas de forma geral, que o PT tinha mudado e rompido com a ideia de ruptura que eles mesmos tinham propostos.