conjuntura nacional
O capitalismo brasileiro é monopolista e sua estrutura é completa, uma vez que dispõe de setores de produção de bens de capital e de bens de consumo duráveis e não duráveis plenamente desenvolvidos, de setores agrícola e de serviços plenamente integrados ao sistema e de um setor financeiro complexo. Estão presentes todas as instituições necessárias para o seu funcionamento: bolsas de valores e de gêneros, mercado aberto, leis e tribunais que permitem o seu autocontrole.
A economia brasileira é plenamente integrada ao capitalismo internacionalizado, uma vez que a participação de capitais estrangeiros está substancialmente presente, seja no controle acionário de empresas ou na produção direta, em todo o sistema produtivo. Esta integração apresenta um padrão igualmente predominante de subordinação, dada a relativa desproporção entre a composição relativa dos capitais brasileiros e estrangeiros na grande maioria dos setores e das empresas.
Além e por sobre o processo, interno e inerente ao capitalismo, de acumulação e centralização do capital, a aceleração da desnacionalização e das privatizações ocorrida nos últimos anos na economia brasileira, fruto das políticas neoliberais vigentes, tem aumentado sobremaneira a concentração de renda e o desemprego. Este processo vem gerando uma crescente degenerescência das condições sociais básicas de vida das classes trabalhadoras.
A entrada de capital estrangeiro vem propiciando um alardedado crescimento de indicadores econômicos – como o nível de reservas cambiais – que é, em parte, falacioso, uma vez que resultou de aquisições de empresas já existentes, muitas vezes desacompanhadas de investimentos para a expansão da produção, ou de aplicações no mercado financeiro especulativo. Houve, no entanto, algum crescimento real, dada a presença – parcial e localizada – de investimentos produtivos diretos.
No que diz respeito às privatizações, houve uma grande descapitalização do Estado brasileiro, dada a