Conjuntura Internacional e Nacional
A conjuntura internacional reflete o aprofundamento da crise iniciada em 2001 nos EUA e em 2008 na Europa. O declínio do Neoliberalismo, última versão do sistema capitalista, é evidente. Desta vez, a crise não é um declínio cíclico, passageiro, a crise passa de uma década e tem espaço para outra. As taxas de crescimento da economia dos países mais ricos, desde o início da crise, são ano a ano reduzidas, afetando a economia mundial. De alguma forma, em maior ou menor intensidade, todos os países têm sido atingidos. O processamento da crise, orquestrado por bancos e corporações multinacionais, está gerando pressão sobre os trabalhadores/as. Altos níveis de desemprego, redução de direitos trabalhistas, precarização dos ambientes de trabalho, ataque as representações dos trabalhadores/as e a histórica minimização do estado social e/ou regulador produzem efeitos devastadores nas sociedades do mundo globalizado. As tentativas de solução da crise econômica não inovam em nada. Os velhos remédios receitados pelo FMI e o Banco Mundial acrescidos de altas doses de injeção de capital feitas pelo FED (Banco Central Americano) e pelo Banco central Europeu, são medidas com o objetivo de salvar seus respectivos sistemas financeiros. De outra forma, as fusões de capital ocorridas entre grandes empresas mundiais e a aquisição e incorporação de empresas em novos mercados, têm sido a tônica das tentativas de sobrevivência dos neoliberais e das classes que o defendem. A ideologia neoliberal tem em seus adeptos e teóricos, a arrogância da verdade absoluta como sistema econômico, financeiro e comercial do mundo globalizado. Porém, nesta crise surgiram fatos novos. Não existe unidade política no encaminhamento de soluções para a crise e, mesmo que houvesse, não são medidas de curto prazo. A realidade é a falência do sistema, deixando claro que o livre mercado produziu acúmulo e centralização de capital nas mãos dos bancos e transnacionais. A