Roger Agnelli e a CRVD
A Vale do Rio Doce, como empresa estatal, desenvolveu processos burocráticos, e suas conseqüências. Foram criadas oportunidades que exigiam respostas imediatas sendo estas desperdiçadas. As decisões da empresa foram na sua maioria concentradas nas mãos dos administradores com interesses políticos que influenciavam na tomada de decisões e no ambiente na CVRD. Em 1997, com a sua privatização, no Programa Nacional de Desestatização, vários transtornos vieram á tona devido aos grupos que defendiam a manutenção das estatais. Com um consórcio formado pelo Banco Bradesco, pelo empresário Benjamin Steinbruch – sócio da CSN – medidas começaram a ser tomadas para que a CVRD se tornasse mais eficiente e lucrativa.
A empresa necessitava do talento e da competência de seus novos administradores para reestruturá-la .Um deles, Roger Agnelli (cujo perfil era de um negociador nato e comunicativo), presidente da Bradespar S/A - organização que congrega as participações do Bradesco em empresas não financeiras – mais tarde assumiu a presidência da organização.
Após a privatização da CVRD, a capacidade de negociação de Agnelli foi posta à prova devido as grandes discordâncias quanto ao rumo estratégico do negócio entre os membros do grupo. Em 2000, Steinbruch desligou-se da CVRD e o cargo de diretor-presidente foi assumido por Roger Agnelli. O mercado foi surpreendido com a sua indicação, pois o novo diretor da empresa não era especialista em mineração. Agnelli elaborou um projeto focando a empresa em atividades relacionadas em sua principal área de atuação, a mineração. Logo, foram vendidos negócios sem ligações com o setor de mineração, ativos que não se enquadravam na visão estratégica da