Roceiros, caboclos e caipiras.

Roceiros, caboclos e caipiras.

Enquanto o país era dominado pala visão plantacionista, que considerava toda plantação irrelevante se não fosse para exportação homens livres que possuíam pequenos pedaços de terra ao redor das cidades desempenharam um papel importante na história da nossa agricultura. Esses pequenos proprietários de terras receberam vários nomes, entre eles estão, roceiros, caboclos e caipiras.
Esses pequenos agricultores surgiram de grupos indígenas e suas fusões com ex-escravos e brancos pobres. Esses homens foram ocupando áreas ainda inexploradas pelas produções de exportação. Eles foram formando pequenos roçados, para produzir alimentos básicos para consumo próprio das famílias e o que sobrava ele vendiam. A família era o centro desse processo de produção, eles plantavam, colhiam e lês mesmo consumiam as suas produções tornando-se muitas vezes autossuficientes.
Nos séculos XVI e XVII surgiram os primeiros colonos, que geralmente moravam longe das vilas. Com uma grande quantidade de terras para serem ocupadas, os roceiros iam construindo as suas roças no meio das florestas utilizando a fertilidade natural do solo. Quando essa fertilidade acabava ele migravam para novas terras. Essa mudança de terra criava um sistema de vida peculiar a economia camponesa.
No século XVI com a descoberta do ouro muitos portugueses e escravos africanos vieram para o Brasil. Esse aumento migratório fez crescer as classes de escravos livres e brancos pobres que buscavam na roça uma forma de sobrevivência.
Não demorou muito os pequenos agricultores deixaram de plantar somente para o consumo próprio e muitos passaram a abastecer as vilas de mantimentos. Com o aumento da produção para o abastecimento das vilas, muitos roceiros passaram a investir em escravos. Os produtos comercializados eram os mesmos que se produziam para consumo próprio, como feijão, cana, arroz e milho. Nesses pequenos roçados também eram cultivados frutas, legumes e verduras, tipicamente