Ritos de Violência (Resenha)
CENTRO DE ARTES HUMANIDADES E LETRAS
DOCENTE: MARCO ANTÔNIO
DISCENTE: LÁZARO MENDES FREITAS
DISCIPLINA: HISTÓRIA MODERNA
CONSTRUÇÃO DE UMA RESENHA DO TEXTO: RITOS DE VIOLÊNCIA
DAVIS, Natalie Zemon. “Ritos de violência”. In: culturas do povo. Sociedade e cultura no início da França moderna. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990, pp. 129-156.
Segundo Natalie Zemon, que faz um recorte temporal do século XVI, compreendente aos anos de 1560 à 1570 na França, baseada em fontes orais contemporâneas; conflitos religiosos entre católicos e protestantes estouravam a todo vapor, fundamentados na suposta intenção de que uma vertente religiosa coagisse a outra a fim de obter o domínio teológico, ideológico e social da região e época correspondentes. As manifestações se dispunham de formas bem definidas e freqüentemente organizadas no sentido de atacar os rivais, formas essas que perpassam desde provocações e queima de livros sagrados, a humilhações em praça pública e até massacres humanos. Por outro lado, haviam álvos específicos como ponto de partida dos manifestantes oriundos das esferas dominantes daquela sociedade, os nobres iam às ruas munidos com machados, facas, pedras e quaisquer, acompanhados por suas esposas e grupos de homens adolescentes, e até crianças, no intuito de provocarem uma situação ou se predispor a esta já em andamento.
Para ambos os segmentos e sua fé, o princípio da limpeza da comunidade vigorava no significado mais latente da palavra, os inimigos eram vistos discriminadamente enquanto representações demoníacas, impuras, sujas e passiveis de uma limpeza comunitária, contudo, a dita poluição não devia espalhar-se, daí uma corrida desesperada de caça, por parte dos católicos, das bíblias em francês usadas pelos protestantes, julgadas por verdade de todos os demônios; as hóstias católicas, por sua vez, consideradas inúteis pelos protestantes, pois não