capitulo 5 - processo ritual

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA SOCIAL
ANTROPOLOGIA III
Prof.: Bernardo Lewgoy
Paulo Ricardo Müller - Matrícula: 2759/01-0
30/01/2003
Resenha:
TURNER, Victor. O Processo Ritual: Petrópolis, Vozes, 1974. Capítulo 5: Humildade e
Hierarquia. A Liminaridade de Elevação e de Reversão de Status.
No capítulo 5 de “O Processo Ritual”, Turner utiliza o conceito de liminaridade para explicar situações rituais diversas onde ocorre transição simbólica de “status”.
Estas transições são representadas pelo rebaixamento ou elevação do reconhecimento social de um sujeito ou um grupo de sujeitos dentro de uma estrutura social, conceituada conforme a antropologia britânica: “... uma disposição mais ou menos característica de instituições mutuamente dependentes e a organização de posições e de atores que elas implicam” (p. 201-202).
Apesar de perpassar todos os casos como elemento básico da trama dos rituais, a situação de liminaridade assume aspectos que variam de acordo com as condições de sua conformação e o seu desfecho.
Concomitante à questão da liminaridade está a presença dos ritos de elevação de status e os ritos de reversão de status, pois é a forma como estes dois tipos de ritos acontecem que diferencia as diferentes situações liminares.
Turner coloca os ritos de passagem como principais exemplos destas fases ou estados liminares. Freqüentemente os ritos de passagem consistem em algumas provações a que um indivíduo se sujeita para que tenha como recompensa sua elevação para uma posição estruturalmente superior. No entanto, durante o ritual, aquele que deseja ascender socialmente, vive momentos de rebaixamento de status, onde os que futuramente serão inferiores, são superiores, e exercem essa superioridade aplicando-lhe as provações previstas. Ou seja, aqueles que permanecerão em seus stati estrutural é que têm o poder de elevar um outro para uma posição superior.