A Antropóloga
Compreendemos por Antropologia a ciência que estuda o homem e sua diversidade cultural. A partir dessa definição analisaremos o filme a Antropóloga abordando o papel do antropólogo enquanto cientista social, imbuído da teoria acadêmica e sua prática na pesquisa de campo enquanto observador participante. O presente trabalho visa analisar como teoria e prática conjugam-se no trabalho etnográfico em campo no processo de construção da pesquisa antropológica, privilegiando o referido filme.
O filme “A Antropóloga” narra a história de Malú, uma antropóloga que pesquisa a utilização de ervas como elemento medicinal e realiza um trabalho de campo em Costa da Lagoa, uma pequena comunidade em Florianópolis. Na elaboração de sua pesquisa em campo, Malú depara-se com uma situação inusitada ao conviver e envolver-se afetivamente com a pequena Carolina que sofre de uma rara doença e já desacreditada pela medicina. Contudo segundo o senso comum da ilha a doença de Carolina é uma questão espiritual e a própria benzedeira local Dona Ritinha, que cuidava de Carolina afirmava não poder curá-la, pois a “bruxa” que acompanhava a menina era forte demais para ela. Nesse contexto a antropóloga vive algumas experiências na ilha e passa a acreditar ser Ela a única capaz de resgatar Carolina. E assim desenrola-se a trama e Malú consegue romper a maldição que assolava a menina e salvá-la.
A partir da experiência vivida por Malú em campo algumas questões nos fazem repensar o papel do antropólogo: o distanciamento do pesquisador do objeto pesquisado permite uma análise mais completa da pesquisa? ou mesmo até que ponto o envolvimento com o objeto pesquisado pode prejudicar ou mesmo colocar a perder à pesquisa? Essas são algumas das indagações presentes ao analisarmos o filme.
Segundo E.E Evans-Pritchard para realizar uma boa investigação o antropólogo deve estar em