rh na pratica
O irlandês Rober Owen (1771-1858), precursor do movimento cooperativista, fundador de colônias socialistas na Inglaterra e nos
EUA, escreveu, em 1826, um discurso aos superintendentes de manufaturas. Nesse texto, ele defendia a idéia de que os dirigentes deveriam dar total atenção às pessoas no trabalho – e criticava os dirigentes que tratavam bem as máquinas e não davam a devida atenção aos seres inteligentes que as tocavam. Ele propunha que as empresas deveriam dar boas condições de trabalho, educar para a eficiência, cuidar para que pessoal tivesse acesso a uma boa qualidade de vida, enfim, estabelecer um pacto produtivo em que todos teriam muito a lucrar. O mundo mudou muito desde então. Vieram as grandes organizações, as grandes fábricas mecânicas, as estruturas produtivas sofisticadas, a linha de montagem, o mercado de consumo de massa. Depois, vieram também as reengenharias, o downsizing, a revolução eletrônica e a tecnologia da informação, que mudaram significativamente a feição das organizações. Mudanças, mudanças, mudanças, mas o discurso de
Owen, na sua essência, continua válido. Por mais que as coisas mudem, a solução para os desafios empresariais ainda continua nas mãos daqueles que trabalham para ela – e esses precisam ter um tratamento não só digno mas também eficiente, para que o trabalho seja realizador e produtivo.
O gestor que tem boas intenções, que aceita a proposta moral de Owen, já conta com um bom começo. Honestidade de propósitos é o primeiro passo para se criar uma relação produtiva e realizadora, que beneficie a organização e o colaborador. Porém, isso não basta, pois lidar com gente é uma tarefa que oferece significativos desafios e muitas vezes por ineficiência se produzem efeitos contrários aos que as boas intenções almejavam.
Desafios da gestão
O gestor bem intencionado muitas vezes defronta-se, no dia-a-dia, com problemas difíceis. Por exemplo, o que fazer