CORAL NO ENSINO SUPERIOR: A prática coral como elemento de contribuição à construção de saberes
A prática coral como elemento de contribuição à construção de saberes
Wilson dos Santos Souza
RESUMO: O presente trabalho considera a prática coral como uma elemento que favorece a construção de saberes no ensino superior. Analisa alguns aspectos importantes em curso de graduação, como o marcos legais LDB lei 9394/96 e Constituição Federal de 1988, que indicam as finalidades do ensino superior e sublinham a importância do tripé ensino, pesquisa e extensão. Contesta a visão mercadológica, neoliberal do ensino, afirmando uma educação promova o crescimento do ser humano em todas as suas dimensões. Destaca como arcabouço epistemológico o pensamento complexo e a transdisciplinaridade, traduzindo-se em uma visão holística, que na educação tem como conseqüência a compreensão de que o saber não é apenas a compreensão das partes, mas destas em uma totalidade complexa, inacabada. Define os fundamentos do canto coral e sublinha as dimensões de integração, inclusão social, socialização, e, por conseguinte, os aspectos político, social, comunitário, grupal e pessoal. Destaca o coral como espaço de múltiplas aprendizagens musicais, elencando como ferramentas importantes na construção de um trabalho educativo musical. A partir de questionário on line semi-estruturado com três regentes de coros universitários e da revisão da literatura utilizada ao longo do texto, analisa os aspectos assinalados acima, demonstrando os benefícios que o coro universitário logra para a instituição, para o estudante e para a comunidade. Evidencia também o papel do regente como na condução do processo, salientando que suas habilidades musicais, sua técnica de condução gestual e de interpretação musical devem estar aliadas a uma profunda capacidade de liderança, além de conhecimentos pedagógicos. Neste sentido, ressalte-se o ensaio como o momento chave da aprendizagem, onde são construídas as competências necessárias para as audições públicas do coral de IES.