Revoluções latino-americanas
MEXICANA, BOLIVIANA, CUBANA E NICARAGUENSE
Durante os séculos XIX e XX, a América Latina foi palco de constantes movimentos político-militares, o que revela a instabilidade da região. Esse militarismo é herança das guerras de independência e das desordens civis subsequentes, onde o governo representativo era apenas aparente e a força era frequentemente utilizada como princípio político. Esses movimentos são variados e vão desde movimentações populares espontâneas até golpes militares, que normalmente substituíam um ditador por outro. Nesse interim, os interesses da população eram renegados.
Logo após a elite utilizá-la como massa de manobra, a afastou da cena política. No século XX, o recurso utilizado para a instalação do capitalismo monopolista na região foi o regime autoritário, reeditando a política oligárquica do século XIX, sendo amparado pelas forças imperialistas, principalmente pelos EUA.
Entretanto, em alguns movimentos os interesses das classes populares vieram à tona e os objetivos das classes dominantes foram contestados. São nesses movimentos, onde os anseios da população foram levados nas lutas pelas mudança no ordenamento social, que se justifica esse mapa mental. Ele traz uma síntese sobre as revoluções cubana, mexicana e nicaraguense, que são os mais expressivos movimentos de contestação social na América Latina do século XX.
A REVOLUÇÃO MEXICANA
Reforma agrária e luta pelo direito de retornar a um passado usurpado.
A revolução iniciada em 1910 foi o palco de uma série de reivindicações que buscavam, acima de tudo, garantir direitos usurpados da população. Tal afirmação torna-se clara na fala de um de seus principais e mais destacados líderes: Emiliano Zapata.
Zapata reivindicava o direito de posse dos indígenas e camponeses das terras que lhes foram expropriadas. O que estava em pauta era a necessidade de regenerar a condição humana através do retorno ao seu passado. Nas palavras de Octavio Paz: “A