UMA CRÍTICA MARXISTA
“Revoluções nas Américas: passado, presente e futuro”
ISSN 2177-9503
10 a 13/09/2013
GT 8. Marxismos latino-americanos
Colonialidade do poder e essencialismo latino-americano: uma crítica marxista
Jórissa Danilla N. Aguiar1
Resumo: O presente trabalho se propõe a incitar o debate entre os peruanos J. C.
Mariátegui e Aníbal Quijano acerca da ideia de raça como único instrumento de dominação, entendida como uma racionalidade específica do pensamento eurocêntrico, criticada pelos dois autores a cada época. Mariátegui nos apresenta em suas obras o papel a ser desenvolvido pelos povos originários em busca de uma revolução social, levando em consideração as especificidades da América Latina, sem cair no essencialismo cultural. A partir de uma leitura marxista, pretendemos apontar os limites de conceitos criados pelo pensamento moderno, como a divisão racial do mundo. Sabemos que a nova colonialidade precisa ser estudada e revista como forma de ser vencida sob os moldes neoliberais, porém, não se pode deixar de lado a luta de classes. Pensando o capitalismo e seu desenvolvimento desigual e combinado, pretendemos fazer crítica também ao conceito de Estado-nação e ao eurocentrismo, sem cair numa perspectiva nacionalista.
Palavras-chave: Essencialismo latino-americano, eurocentrismo, colonialialidade, raça.
O presente trabalho se propõe a incitar o debate entre os peruanos José Carlos
Mariátegui (1894-1930) e Aníbal Quijano (1928) acerca da ideia de raça como único instrumento de dominação, entendida como uma racionalidade específica do pensamento eurocêntrico, criticado pelos dois autores a cada época. Mariátegui, como grande expoente militante-teórico do socialismo latino-americano, referência fundamental para a compreensão dos processos históricos e políticos do nosso subcontinente, nos apresenta em suas obras o papel a ser desenvolvido pelos povos originários em busca de