Revolução passiva
O modelo de “revolução passiva” foi a forma encontrada pela burguesia brasileira para fazer a transição para o capitalismo, cujo Estado tem um papel central: a modernização capitalista brasileira – industrialização, urbanização e estrutura social complexa – foi implementada pelo Estado. Não houve uma “revolução burguesa” no Brasil, a transformação capitalista aconteceu a partir de acordos entre frações das classes que dominavam economicamente, à exclusão dos movimentos populares, do emprego dos aparelhos repressivos e da intervenção econômica do Estado. A propriedade latifundiária transformou-se, rapidamente, em empresa agrária e o capital estrangeiro no acelerador da industrialização, e o povo brasileiro não tomou parte nessa empreitada. Em todos os momentos importantes da história do Brasil foram encontradas formas de excluir o povo e de as elites se recomporem ou fazerem alianças para continuar no poder, ou seja, de fazer uma “revolução passiva”. O conceito gramsciano de “revolução passiva” aplicado ao caso