Resumo
RESUMO DO TEXTO 1 – AS CATEGORIAS DE GRAMSCI E A REALIDADE BRASILEIRA
O Brasil era visto como uma formação social “atrasada”, semicolonial e semifeudal, e para superar suas contradições e encontrar o caminho do progresso social, seria necessária uma revolução democrático-burguesa ou de libertação nacional. Foi essa a posição do Partido Comunista Brasileiro desde os anos 30. Sendo que, outros grupos revolucionários se vinculavam a essa mesma colocação.
Naquele momento, poucos intelectuais brasileiros compreendiam que o país alcançara um nível de desenvolvimento capitalista pleno, que o Brasil já se encontrava na fase de capitalismo monopolista. Essa pouca compreensão se dava devido ao regime militar da época.
A partir do declínio da ditadura militar e da crise da esquerda tradicional, simultaneamente com o início da abertura política e à crise cada vez maior das organizações marxistas tradicionais, houve o crescimento da influência de Gramsci.
É através de alguns conceitos de Gramsci que podemos entender alguns aspectos da nossa peculiaridade nacional. É através da “revolução passiva” que podemos analisar os processos de “modernização conservadora” que caracterizam a história brasileira; é através dela também que entendemos o “Estado ampliado”, através do qual podemos apontar algumas das características essenciais da nossa situação atual (ou seja, o fato de que o Brasil é hoje uma formação social “ocidental”).
1) A REVOLUÇÃO PASSIVA E A HISTÓRIA BRASILEIRA
O Brasil passou pelo processo de modernização capitalista sem realizar uma revolução democrático-burguesa ou de libertação nacional.
O latifúndio pré-capitalista e a dependência econômica não foram obstáculos para o desenvolvimento capitalista do país. Gradualmente e “pelo alto”, ou seja, sem a participação popular, o Brasil se tornou um país industrial moderno, com uma alta taxa de urbanização e uma complexa estrutura social. Isso se deu a partir da transformação da