Guerra de Posição
Cássia Cutrim¹
Natally Rodrigues²
RESUMO
Os conceitos do teórico italiano Gramsci, reportam uma de suas maiores contribuições para o pensamento revolucionário de sua época. A elaboração do termo hegemonia, onde a reorganização do poder do Estado e a relação deste com as classes dominadas e dominantes para preservação da hegemonia. Através destes termos, o presente ensaio objetiva analisar se pode haver uma superação da Guerra de Posição à Revolução Passiva
INTRODUÇÃO
Filósofo e político, Antônio Gramsci (1891-1937) destacou-se por trazer à sua obra a percepção prática das condições reais da classe trabalhadora. Embora tenha ficado conhecido como intelectual marxista, diverge de algumas ideias como é o caso do determinismo histórico ortodoxo, onde seu enfoque está para a práxis, na ação do proletário em criar sua própria história.
Há todo um contexto histórico que impulsiona Gramsci a tecer suas reflexões à respeito da revolução. Em fins da década de 1910 à início dos anos de 1920, com as grandes ocupações de fábricas e o advento industrial, derrota dos movimentos operários, vitória do fascismo e as novas formas de hegemonia burguesa. Ambos fatores formam o processo de construção histórica.
(Gramsci fala de um novo tipo de homem coletivo que, toma conta de sua consciência através do processo de mecanização e racionalização do trabalho- estado de liberdade completa)
Influenciado pela conjuntura italiana de seu tempo, Gramsci compreende que é na sociedade civil que há a transformação da superestrutura, pela conquista de poder. Este, por sua vez, não prende-se apenas ao plano político, mas na esfera das ações, em seu aspecto cultural onde a disputa é mais livre.
Ele reconhece a política como uma atividade autônoma no contexto do desenvolvimento histórico das forças materiais, diferente de Marx que vê a política como determinado pela base econômica. Gramsci enfatiza o papel da superestrutura na perpetuação das classes e na prevenção do