RESUMOS PIAGET
“O LUGAR DA INTERAÇÃO SOCIAL NA CONCEPÇÃO DE JEAN PIAGET”
Para Piaget, “não se pode negar que, desde o nascimento, o desenvolvimento intelectual é, simultaneamente, obra da sociedade e do indivíduo.” “O homem não é social da mesma maneira aos 6 meses ou aos 20 anos de idade, e, por conseguinte, sua individualidade não pode ser da mesma qualidade nesses dois diferentes níveis” Assim, para Piaget, o indivíduo passa por fases, começando do grau zero (aquisição do poder de fala) de socialização até o grau máximo de socialização (“personalidade”). Nos estágio sensório motor, Piaget acredita não haver uma real socialização da inteligência.
A partir da aquisição da linguagem é que inicia-se uma socialização efetiva da inteligência, ainda que com algumas limitações de estabelecimento de trocas intelectuais equilibradas. Faltam às crianças:
Capacidade de aderir a uma escala comum de referência: As crianças usam definições diferentes para uma mesma palavra; fazem suas próprias regras em jogos (não sem importam com as diferentes condutas)
Capacidade de conservar as definições e afirmações que ela mesma fez ao longo de uma conversa. “Tudo se passa como se faltasse uma regulação essencial ao raciocínio: aquela que obriga o indivíduo a levar em conta o que admitiu ou disse, e a conservar esse valor nas construções ulteriores”
Capacidade de se colocar no ponto de vista do outro, fato que a impede de estabelecer relações de reciprocidade.
Estas três características delimitam o que Piaget chamou de “Pensamento Egocêntrico”, defendendo que crianças pequenas elegem o ponto de vista próprio como sendo um ponto de vista absoluto. Significa também que a criança ainda não tem domínio de seu “eu” e que, longe de ser autônoma, a criança é heterônoma nos seus modos de pensar e agir.
Já o estágio de grau máximo é representado pela aquisição de personalidade: “A personalidade não é o ‘eu’ enquanto diferente dos outros ‘eus’ e refratário à socialização, mas é o individuo se