Resumo o que é historia carr
Análise da obra de Carr: Que é História?*
O autor inicia o primeiro capítulo afirmando que enquanto houver a contradição haverá espaço para investigação e tal fato é um reflexo de nossa mudança de pensamento durante os anos. Para corroborar, nos dá como exemplo as declarações de Acton e Clarck na Cambrige Modern History, sobre produção de história definitiva. Nesse sentido segundo Carr, quando perguntamos “o que é história?”, nossa resposta estará sempre condicionada a nossa temporalidade. Ainda de acordo com autor a teoria empírica na qual se afirma que se deve existir uma separação entre o sujeito e o objeto e que o processo de recepção é passivo está equivocada, pois a isto podemos chamar de senso comum em história. Carr, afirma que o correto é que, uma vez a história “... um corpo de fatos verificados [...] O historiador deve reuní-los [...] da maneira que o atrai mais.” (CARR, 1996, p.35) Na continuidade, Carr diz que o mesmo ocorre ao se considerar o que é ou não um fato histórico e, portanto merecedor de estudo. A isto, dependerá da interpretação de quem se propõe a investigar determinado fato (CARR, 1996, p.38), o que torna o historiador um selecionador por natureza (idem, p.37) e vai além, afirmando que o que conhecemos hoje como fato histórico já foi uma seleção feita por alguém que se baseou em suas próprias decisões e visão de mundo (ibdem, p.37). Carr observa que a história é feita através de escolhas e, portanto pode ser manipulada, e cita o professor Barraclough, “...embora baseada em fatos, não é, para dizer a verdade, absolutamente factual, mas uma visão de julgamento aceitos.” (BARRAUCLOUGH, in CARR, 1996, p.39). Contudo o historiador da história moderna não leva vantagem devido às diferenças entre os estudos do passado mais recente e um mais remoto.