Resumo 'Que é história?', de Edward Hallet Carr
Sir George Clark discorda de Acton de que um dia será possível produzir uma “história definitiva”.
“Historiadores esperam que seu trabalho seja superado muitas vezes. O conhecimento do passado veio de mentes humanas e, portanto, não pode ser impessoal e inalterável… A pesquisa parece ser interminável [...] julgamentos históricos envolvem pessoas e pontos de vista, um é tão bom quanto o outro, e não há verdade histórica objetiva“.
A história consiste num corpo de fatos verificados, que estão disponíveis nos documentos. O historiador deve reuni-los e tratá-los à sua maneira. Sir George Clark contrapôs “o caroço de fatos” à “polpa envolvente da interpretação discutível”. “Os fatos são sagrados, a opinião é livre“, C. P. Scott.
O existir de algo é um fato, tendo sido ele documentado ou sendo observável. Esse tipo de fato, básico, tem o mesmo caráter objetivo em relação às pessoas que o conhecem. Há certos fatos básicos que são os mesmos para todos os historiadores e formam a espinha dorsal da história, como, por exemplo, datas e locais. O historiador não deve errar essas coisas. “Exatidão é um dever, não uma virtude do historiador“, Housman.
É o historiador quem decide o que é um fato histórico – os fatos não falam por si mesmos. O historiador é um selecionador. “A história que nós lemos, embora baseada em fatos, não é absolutamente factual, mas uma série de julgamentos aceitos”, Barraclough. Não adianta achar que o que está nos documentos é verdade – nenhum documento pode nos dizer mais do que aquilo que o autor pensava. Os fatos, mesmo se encontrados em documentos, ainda têm de ser processados pelo historiador.
Toda história é “história contemporânea”, declarou Croce, querendo dizer que a história consiste em ver o passado através dos olhos do presente e à luz de seus problemas, que o trabalho principal do historiador não é registrar, mas avaliar; porque se ele não avalia, como pode saber o que merece ser