Problemas estruturais no transporte brasileiro e suas soluções
O Brasil é a décima economia mundial, analisado através dos critérios do Produto Interno Bruto e, atualmente, está entre os 20 maiores exportadores mundiais, segundos dados do Instituto de Matemática e Estatística da USP (2006). O crescimento econômico brasileiro depende das exportações, uma vez que esta atividade remete divisas em moeda estrangeira equilibrando as contas públicas.
Recentemente, o país alcançou a meta de 100 bilhões de dólares exportados, porém esta marca tem pouca representatividade quando se traça um comparativo com a situação mundial. O Brasil, mesmo estando entre os 20 maiores exportadores e tendo apresentado recordes de exportação possui uma participação de 1% do fluxo mundial.
As dificuldades encontradas para o maior crescimento estão ligadas diretamente a entraves internos, que há muitos governos se repetem sem solução, entre elas estão a burocracia excessiva, a falta de tecnologia, a carência de educação e principalmente a infra-estrutura inadequada e insuficiente.
A falta de infra-estrutura para quem trabalha diariamente com o comércio exterior é o maior problema, principalmente no que se refere à infra-estrutura de transportes.
Faltam linhas aéreas, contêineres, há excessivo gasto no deslocamento da produção, há perdas ocorridas por avarias no transporte, além de existir a distorção da matriz de transportes, havendo uma sobrecarga do modal rodoviário.
O uso inadequado dos modais gerou uma enorme dependência do modal rodoviário, que acaba suprindo lacunas dos demais modais, porém apresenta um frota ultrapassada e as rodovias em condições precárias. A malha ferroviária existente, em boa parte construída no início do século passado, sofre resquícios de falhas no processo da recente privatização que a impede de impulsos maiores. A participação dos modais hidroviário e aéreo é praticamente inexistente.
O gráfico abaixo ilustra a utilização desses modais:
Fonte: ANTT, 2006
A área