Resumo: O que é dialética - Leandro Konder
Konder, Leandro. O que é dialética. São Paulo: Brasiliense, 2008. (Coleção Primeiros Passos: 23). 6ª reimpr. da 28. ed. de 1981.
O autor inicia a sua obra fazendo uma abordagem histórica da dialética. Inicialmente a dialética era considerada como a arte do diálogo, posteriormente foi considerada como a arte que no diálogo demonstra-se uma tese através da argumentação, diferenciando e determinando atentamente os conceitos envolvidos. Aristóteles considerava Zênon de Eléa como o fundador da dialética, outros consideram Sócrates. Na Idade Moderna ela é tida como o modo de pensarmos nas contradições, o modo de compreendermos a realidade como essencialmente contraditória e em constante transformação. Partindo desse conceito podemos ter como o principal pensador dialético da Grécia Antiga, Heráclito de Éfeso. Que negava qualquer estabilidade do ser, afirmando que tudo existe em constante mudança e que o conflito é o pai e rei de todas as coisas. Em contraposição, Parmênides pregava que o movimento era um fenômeno que ocorria somente na superfície do ser e que sua essência continuava sempre a mesma, e foi esse pensamento que predominou por muito tempo na Grécia. Segundo Konder, apesar de enfraquecida, a dialética continuou viva graças a contribuições de grandes filósofos como Aristóteles e o seu conceito de ato e potência. Somente após o Renascimento é que a dialética pôde se desenvolver significativamente. Diderot e Rousseau foram os pensadores que mais contribuíram com a dialética no século XIII, e chegaram a ser considerados como “duas forças de desordem”. No final do século XIII temos Kant e seu conceito de “razão pura”, no qual afirmava que o centro do pensamento humano deveria refletir sobre a natureza e limites do conhecimento humano e que nessa reflexão existiam certas contradições que nunca deveriam ser expulsas do pensamento. Já no século XIX surge Hegel e o conceito de superação dialética, que era a negação de uma realidade, a conservação da essência