Resumo do Livro "O que é Dialética?" (Leandro Konder)
A arte do diálogo, e logo depois, a arte de, no diálogo, demonstrar uma tese por meio de uma argumentação capaz de definir e distinguir claramente os conceitos envolvidos na discussão, assim foi definido a Dialética, na Grécia antiga e as poucos ouve essa modificação. De acordo com Aristóteles, Zênon de Eléa foi o criador da dialética outros acreditam que foi Sócrates. No significado moderno, a dialética é o modo de pensarmos as contradições da realidade, modo de compreendermos a realidade como essencialmente contraditória e em permanente transformação. O pensador dialético mais radical da Grécia antiga foi, Heráclito de Efeso, em seus fragmentos relata que tudo existe em constante mudança, o conflito é o pai e o rei de todas as coisas. Vida ou morte, sono ou vigília, juventude ou velhice são realidades que se transformam umas nas outras. O mais famoso de seus fragmentos é o n° 91: Um homem não toma banho duas vezes no mesmo rio. Por quê? Porque da segunda vez não será o mesmo homem e nem estará se banhando no mesmo rio, ambos terão mudado. Heráclito passou à ser chamado pelos gregos de o Obscuro por causa dessa sua visão muito abstrata. A resposta de Parmênides era mais simpatizada pelos gregos, ensinava que a essência profunda do ser era imutável e dizia que a mudança era um fenômeno de superfície. Essa linha de pensamento ficou conhecida como metafísica e prevaleceu sobre a dialética de Heráclito, porque correspondia, nas sociedades divididas em classes, aos interesses das classes dominantes, com essa concepção ele impediam que os homens cedessem à tentação de querer mudar o regime social vigente. Assim, a dialética passou à ser uma concepção secundária, reprimida e a metafísica tornou-se hegemônica, mas isso não causou o desaparecimento da dialética, mas pra isso teve que se conciliar com a metafísica, deixando de lado alguns conceitos. Aristóteles reintroduziu princípios dialéticos em explicações dominadas pelo modo