Introducao
A identificação do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e da síndrome da imunodeficiência adquirida (aids) ocorreu há pouco mais de duas décadas, porém, o número de pessoas infectadas e doentes têm aumentado vertiginosamente nesse curto período de tempo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que cerca de 5 milhões de pessoas irão adquirir o HIV em 2003, resultando numa estimativa global de 40 milhões de pessoas vivendo com o vírus
No Brasil, até dezembro de 2002 foram notificados 257780 casos de aids, estimando-se que existem aproximadamente de 600000 portadores do HIV.
O HIV é um retrovírus que causa no organismo disfunção imunológica crônica e progressiva devido ao declínio dos níveis de linfócitos CD4, sendo que quanto mais baixo for o índice desses, maior o risco do indivíduo desenvolver aids. O período entre a aquisição do HIV e a manifestação da aids pode durar alguns anos, porém, apesar de o indivíduo portador do vírus estar muitas vezes assintomático, pode apresentar importantes transtornos na esfera psicossocial, a partir do momento em que fica sabendo de seu diagnóstico.
Alguns estudiosos têm discutido que as diversas alterações que ocorrem no sistema nervoso dos clientes com HIV/aids, associadas com depressão e/ou estresse podem influenciar a evolução da doença, e as alterações nos estados psíquicos e sociais podem contribuir para aumentar a vulnerabilidade biológica.
O advento dos anti-retrovirais, para o tratamento dos indivíduos com HIV/aids, vem proporcionando aumento no tempo de sobrevida, porém, seu alto custo e inúmeros efeitos colaterais associados à inexistência de cura para a doença têm direcionado investigações sobre o impacto qualitativo dessa terapêutica na qualidade de vida.
Nos últimos anos os estudos sobre qualidade de vida nessa população têm avaliado não só a dimensão física, mas, também, os aspectos psicossociais e emocionais, apontando novas estratégias de tratamento que são capazes de