Resumo "o que é dialética"
1. AS ORIGENS DA DIALÉTICA
O autor começa afirmando que para os gregos, a palavra dialética significava a arte do diálogo, a arte de demonstrar uma tese por meio de uma argumentação (retórica). Já na modernidade, dialética passa a significar outra coisa:
Na modernidade, dialética é o modo de pensarmos contradições da realidade, o modo de compreendermos a realidade como essencialmente contraditória e em permanente transformação [acrescento: em permanente movimento] (p. 08).
Isso significa dizer que nada no mundo está ou é imutável, inerte. Dialética implica ou significa a eterna instabilidade do ser, ocasião em que este se encontra em constante movimento, em constante transformação/alteração, em constante processo. As coisas estão em permanente movimento. A dialética é o conceito ou o estudo do lado dinâmico e mutável da realidade, é aquilo que vê o real como um processo em constante transformação, e não como um fato dado, imutável e imediato.
Foi graças a Aristóteles que os filósofos não abandonaram completamente o estudo do lado dinâmico e mutável da realidade. Para Aristóteles, todas as coisas têm ou possui movimento, seja ele mecânico, quantitativo, qualitativo ou nascente. É a teoria do ato e potência: o movimento das coisas são potências que estão se atualizando. A teoria aristotélica não foi para seu autor a dialética como e no sentido de como a entendemos hoje. Para Aristóteles, foi apenas a teoria do ato e potência, do movimento dos objetos, das coisas. Somos nós que vemos na teoria do movimento aristotélico (ato e potência) uma primeira grande formulação teórica de dialética no sentido moderno do termo, não descartando a famosa frase de Heráclito (de que o homem não se banha duas vezes no mesmo rio), que também serve como exemplo de dialética no sentido moderno da palavra.
O estudo do movimento das coisas é enterrado na Idade Média e, portanto, pela