Resumo o poder simbólico
O poder está em todo lugar, e onde ele está mais ignorado, seu reconhecimento se faz como sendo um poder que tem uma estrutura invisível, e o qual pode ser exercido com a cumplicidade daqueles que não querem saber que lhe estão sujeitos ou mesmo que o exercem, este seria o Poder Simbólico.
Grandes autores como Durkheim e algumas correntes de pensamento relacionam o conhecimento e suas construções com sistemas simbólicos de poder, tais como: o mito, a língua, a arte, a ciência. E é por meio da construção da realidade que o Poder Simbólico se estrutura, essa estruturação ocorre por meio de símbolos que geram uma integração social, e principalmente a reprodução de uma ordem social. A tradição marxista têm uma opinião diferenciada em que esses sistemas privilegiam as funções politicas em detrimento de sua estrutura lógica e da sua função gnoseológica, esta tradição explicas as produções simbólicas relacionando-as com o interesse das classes dominantes, como por exemplo, a cultura que contribui para a integração real destas classes e distinguindo-as das outras, onde legitima a ordem estabelecida por meio da constituição de distinções (hierarquias) e para a legitimação dessas distinções. A instrumentação estruturadora e estruturante da comunicação e do conhecimento dos sistemas simbólicos cumprem a função de imposição e/ou de legitimação da dominação de uma classe sobre a outra, contribuindo assim, segundo a expressão de Weber, para a “domesticação dos dominados”.
2 – Capítulo VIII
O Direito sendo uma ciência rigorosa se distinguiria daquilo que se chama “ciência jurídica, já na sua essência, em que excluiria o formalismo, autônomo do mundo social, e o instrumentalismo, a serviço dos dominantes. Essa ciência se identificaria com a história do direito, com a história do desenvolvimento interno de seus conceitos e de seus métodos, seria um sistema fechado e autônomo, cujo desenvolvimento só pode ser compreendido segundo a sua dinâmica interna.