Cap 01. Sobre o Poder simbólico
Sobre o Poder Simbólico
• O texto resulta de uma conferência dada na Universidade de Chicago em abril de 1973. Nele há a preocupação em dirigir as atenções para a percepção do simbolismo presente numa situação escolar e na própria conferência que se realizava.
• P.7. Procura mostrar que o poder simbólico é um poder invisível que só pode ser exercido com a cumplicidade daqueles que não querem saber que lhe estão sujeitos ou mesmo que o exercem. Chega a essa conclusão a partir da elaboração de observações de como os sistemas simbólicos têm sido entendidos e apresentados tradicionalmente pelos teóricos do social.
• P.8. As primeiras observações que ele apresenta são as dos teóricos que entendem os sistemas simbólicos como “estruturas estruturantes”, isto é, como estruturas resultantes de subjetividades e consensos que vão se construindo ao longo da história. Estruturas que por sua vez constroem novas estruturas. Os kantianos e os neo-kantianos entendem os sistemas simbólicos desta forma, posto que dão atenção para o aspecto ativo do conhecimento numa reconstrução sistemática das condições sociais de produção desses sistemas.
• P.9. Os segundos teóricos apresentados são os que entendem os sistemas simbólicos como “estruturas estruturadas”. Diferentemente dos anteriores que privilegiam o modus operandi, isto é a ação sistemática atuando sobre as estruturas, os segundos privilegiam o opus operantum, o seja, o já realizado, o já estruturado. Os sistemas simbólicos, neste caso, não são como nos primeiros, instrumentos de conhecimento e construção do mundo. Eles são meios de comunicação em um dado sistema já estruturado. Exemplo disso é a representação que Saussure fornece à língua. Para ele a língua é um sistema simbólico com estrutura estruturada.
• Aproveitando-se desse conjunto teórico e pretendendo consolidar alguns pontos e rejeitar outros, Bourdieu elabora uma primeira síntese.
• P. 9. Os sistemas simbólicos como instrumentos de