Resumo - tendências atuais da sociologia da educação
(Maria Alice Nogueira)
O estudo das desigualdades escolares entre os diferentes grupos sociais passou a ter um lugar central na Sociologia da Educação, a partir dos anos 50/60.
O sociólogo da educação francês de origem árabe Mohamed Cherkaoui propõe que a Sociologia da Educação teve basicamente duas fases: * A 1ª - até a II Guerra Mundial, com Durkheim, o pai da Sociologia da Educação, e Mannhein na Inglaterra: ausência da investigação empírica, com textos com caráter quase especulativo.
Antônio Cândido em 1954 diz que esta é uma fase filosófico-sociológica, entre a Filosofia e a Sociologia, a luta de Durkheim para romper com a visão idealista da educação e a sociedade.
É uma sociologia macroscópica, se atém às grandes relações entre a educação e a sociedade.
A Sociologia se reduz praticamente a uma matéria de ensino, ainda não se constitui como um campo de pesquisa.
O livro Sociologia Educacional, 1940 de Fernando de Azevedo, é uma obra pioneira, precoce em relação ao resto da América Latina.
Os atores sociais dessa Sociologia (professores/alunos) são quase entidades abstratas, sem enraizamento social, como se não portassem uma classe social, e a relação vista na escola é a de poder entre educador e educando.
Segundo estudos de Durkheim, não há desigualdades sociais aqui nessa Sociologia. * A 2ª – da II Guerra Mundial até os dias atuais, a característica principal é o fato de ser o momento da institucionalização da Sociologia da Educação enquanto disciplina científica. Sendo nomes importantes Pierre Dandurand e Emile Ollivier, os quais subdividem a 2ª fase em três períodos, sendo:
- 1º - De 1945 a 1965: período da institucionalização da disciplina, ganhando direitos de cidadania na comunidade científica internacional, tornando um ramo do pensamento.
A partir da guerra, os países ocidentais, sobretudo Europa e EUA, verdadeiro espaço produtor de pesquisa, passa por uma explosão demográfica, conhecida como